segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Cancelamento do BLOG

Caros amigos tecnólogos  que acompanharam esse blog ao longo de 7 anos, lamentavelmente  irei cancelar esse blog.
Quero desde já  agradecer as inúmeras  participações  e interações  e acredito ainda que ele tenha ajudado a muitos a esclarecer melhor o que é  ser Tecnólogo  atualmente no Brasil.
Pra aqueles que acompanharam minha história,  me formei pela Unicamp há  exatos 20 anos. Por um lado, não  posso reclamar pois entrei no mercado antes de formado, mas por outro, a falta de reconhecimento e discriminação me crucificou ao longo desses 20 anos.
Com isso, fui atrás  de complementar  minha formação  e hoje sou eng. Civil e poderei exercer minha profissão  com dignidade  e sem restrições.
Pensando melhor, não  vou apagar por hora essa linda história  escrita ao longo dos anos. Irei manter no ar por um período... mas não  postarei mais.
Muito obrigado a todos que me ajudou a levar essa história  a muitos e aos locais mais remotos de nosso país.

Sem mais,

João  Pedro de Oliveira

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Mercado de Trabalho para Tecnólogos

No site Portal dos Tecnólogos: http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?idc_cad=rgfryvla4,  encontrei uma publicação sobre o mercado para os Tecnólogos, escrito por Joaquim Oliveira (gestor de pessoas), no qual gostaria de compartilhar aqui no meu blog para conhecimento de todos.

            Os Cursos Tecnólogos já foram confundidos com cursos técnicos. Foram durante um tempo pouco valorizados no mercado de trabalho e procurados só por aqueles que já trabalhavam na área. Mas esta realidade está mudando. Nos últimos anos, a procura cresceu, o perfil dos alunos mudou e o mercado criou novas oportunidades para os profissionais deste seguimento profissional e educacional.


O Curso Superior Tecnológico não é um curso Técnico, como alguns pensam. Este é um curso superior com uma duração mais curta, em virtude das necessidades do mercado de trabalho. Apesar de ter uma duração menor do que os cursos Tradicionais de Bacharelado, esta modalidade de ensino é riquíssima em conteúdo e traz grandes possibilidades de empregabilidade.


O número de cursos superiores de tecnologia cresceu 96,67% entre 2004 e 2006, passando de 1.804 para 3.548 em todo o país, segundo dados do Ministério da Educação. Só no Estado de São Paulo, de 1998 a 2004, a quantidade de alunos ingressantes nas graduações tecnológicas aumentou 395%, de acordo com o Censo Nacional da Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).


Os cursos de tecnologia foram criados para atender às demandas atuais de mercado. E elas vão mudando com os anos. Esse formato de curso tem maior agilidade para atender às mudanças por ter forte carga de aulas práticas e laboratoriais e por incentivar o estágio e o aprendizado focado. Tais profissionais já saem da Faculdade direcionados a uma área especifica, “já sabendo pra onde vai”.


Uma justificativa para a grande oferta de trabalho diante dos tecnólogos é o novo perfil do mercado. De uns anos para cá, "talvez duas décadas", o mercado se tornou mais dinâmico. "Passamos por um processo de especialização das profissões e de diversificação das áreas. Não se pensava em um profissional de design de multimídia ou de gastronomia, e hoje eles existem. Diversificaram-se, assim, as opções de trabalho. Isso tem permitido que egressos desses cursos encontrem seu espaço no mercado, que é dinâmico e tem lugar para profissionais de diferentes formações",


No Mercado de trabalho, não existem apenas Administradores, Advogados, engenheiros, Médicos, Psicólogos e Contadores. Sem dúvida o Mercado precisa destes profissionais, mas a mesma necessidade que o mercado tem destes, ele tem dos profissionais especialistas em Pessoas, em Tecnologia de Informação, Gestão Comercial, Gastronomia, Etc.


Quando surgiram no final da década de 60, os cursos superiores de tecnologia eram mais dirigidos para as áreas de engenharia. Mas o tempo passou e eles mudaram de perfil. As escolas têm fugido do tradicional e criado cursos inovadores. Por exemplo, há um curso tecnológico em design de multimídia, área muito nova e que vem crescendo bastante com o avanço da internet e dos jogos eletrônicos. Os cursos mudaram, mais ofertas de emprego surgiram, o reconhecimento do tecnólogo como profissional de curso superior tem se consolidado.


Houve uma ampliação do leque de alunos que procuram os cursos superiores de tecnologia. O perfil clássico de quem cursava o tecnólogo era o de pessoas que já estavam no mercado, mas pensavam em fazer um curso superior porque não haviam concluído a faculdade ou mesmo nunca haviam tido a oportunidade de começar uma graduação. Eram alunos, geralmente na faixa dos 25, 30 anos, que desejavam adquirir mais conhecimento e ter a chance de crescimento na vida profissional.


Alunos com esse perfil continuam a procurar os cursos superiores de tecnologia. Mas agora eles têm a companhia de muitos outros grupos. O mercado de curso superior de tecnologia, pela existência de novas profissões, se expandiu. Em vez de ser curso de curta duração para adulto, o tecnólogo virou opção para novas profissões. E, com isso, o público se diversificou. Temos desde o jovem que saiu do ensino médio e quer seguir uma carreira até o profissional Pós Graduado que faz o curso de Gestão Executiva para adquirir novos conhecimentos.


Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Ubirapuera (São Paulo), Os alunos dos Cursos Superiores de Tecnologia são 51,8% são mulheres e 48,2% são homens, sendo que 16% têm entre 16 e 20 anos. E 51,2% têm menos de 25 anos.


Com o crescimento da procura e da oferta de cursos superiores de tecnologia e com a mudança do perfil do aluno, o Brasil começa a se equiparar aos Estados Unidos e à Europa, onde os cursos superiores de duração mais curta representam mais de 50% dos alunos matriculados, diz Eduardo Wurzmann, presidente da Veris Educacional. “No Brasil ainda há um campo gigantesco, cheio de oportunidades para uma vida profissional, só basta aproveitar estas oportunidades, afirma Eduardo”.


Claro que a graduação tecnológica não vai substituir o bacharelado. É certo que a procura pela graduação tecnológica tem crescido e que mais pessoas podem completar o ensino superior nessa modalidade, que exige menos anos de estudo. Mas é preciso lembrar que os focos do bacharelado e da graduação tecnológica são distintos. A graduação tecnológica é um tipo de graduação focada em um segmento especifico. O profissional se especializa em uma determinada área, se aprofunda. Enquanto a graduação de Bacharelado é uma formação mais abrangente, com uma visão mais generalista.


Algumas universidades  perceberam essa tendência e se adaptaram. Deslocar vagas do bacharelado para o curso de tecnólogo já é uma realidade. Há no país inteiro um decréscimo do número de alunos que procuram o ensino superior tradicional.


Os tecnólogos são profissionais com formação superior. Essa imagem meio nebulosa de que se trata de um curso de segunda classe já foi mais forte, mas ainda existe. Por culpa de quem? Da desinformação e de confusões do passado.


Os tecnólogos surgiram como graduações plenas, mas, por terem uma carga horária reduzida, foram equiparados com cursos Técnicos e lançados na mesma situação, na época, esses cursos eram realmente considerados de segunda classe e os tecnólogos pegaram esta fama. E a ignorância e desconhecimento é mesmo o vilão da graduação superior tecnológica. Havia uma certa resistência porque tecnólogo é um nome difícil. Embora se associe a ciência e técnica, muita gente não o associava a graduação, mas apenas a curso técnico. A confusão entre tecnólogos e cursos técnicos contribuiu para se criar um certo preconceito contra o profissional formado nessa modalidade de graduação. Por décadas nos acostumamos que a formação de nível superior era feita pelos bacharelados. Estabeleceu-se essa cultura. Quando algum aluno comentava que era tecnólogo, muitos não sabiam o que era isso. Confundiam com cursos técnicos, de formação do ensino médio. Não desmerecendo os cursos Técnicos, Mas devemos entender que cada coisa é uma coisa. Preto é preto e branco é branco.


O preconceito desaparece à medida que o curso se torna mais divulgado. Os empregadores estão contratando tecnólogos como profissionais intermediários, complementares, ou seja, estão abaixo, não podem assumir responsabilidades efetivas nas suas áreas de formação e compatíveis com um graduado. Esta forma equivocada de pensamento deverá desaparecer com o tempo. A medida que as empresas começarem a conhecer tais profissionais. Infelizmente, por desconhecimento ou por medo da falta de valorização, os cursos de tecnólogos ainda não são a opção da maioria dos alunos que saem do ensino médio. O senso comum é muito forte. As pessoas são orientadas para as carreiras clássicas. O mercado anterior necessitava de profissionais mais abrangentes, mas o mercado atual e mercado do futuro necessitam de especialistas em determinados seguimentos. A grande demanda exige isto. Novas profissões aparecem e quem melhor atende em formação são os cursos de tecnologia


Os cursos superiores em tecnologia costumam gerar dúvidas quanto à aceitação no mercado de trabalho e à possibilidade de dar continuidade à carreira acadêmica após uma formação do tipo. No entanto não há restrições quanto à atuação do profissional formado com o título de tecnólogo. Assim como os bacharelados e as licenciaturas, os tecnológicos são considerados uma graduação superior. Desde que aprovados e reconhecidos pelo Ministério da Educação. Os cursos credenciam os formandos a atuar no mercado de trabalho e a seguir a carreira acadêmica sem problemas. Não há restrições quanto a fazer um mestrado, um doutorado.


Segundo Silva, as empresas e órgãos públicos estão cada vez mais abertos à presença de profissionais com esse título, contratando e possibilitando o ingresso por meio de concursos, que já aceitam a inscrição de tecnólogos em editais. A política de criação dos institutos federais de tecnologia (Ifets) tem ajudado a reforçar a necessidade desses profissionais e a necessidade do mercado. O campo de trabalho precisa cada vez mais de pessoas capacitadas e com ensino superior. O curso de tecnologia é um bom instrumento para quem quer se formar em menos tempo.


Normalmente, as graduações tecnológicas duram a metade dos bacharelados e também são menores que as licenciaturas. O profissional é formado com o título de tecnólogo em determinada área, com competências e habilidades para a resolução de problemas e desenvolvimento de atividades especializadas naquela profissão. É uma formação dinâmica e bem ligada à difusão de tecnologia. O tecnólogo é mais articulado com o mercado nesse sentido. Outra diferenciação é a união do conhecimento com a prática.


 

quarta-feira, 5 de março de 2014

terça-feira, 19 de novembro de 2013

CREA SP PUBLICA EM SEU SITE APOIO AOS TECNÓLOGOS

Foi realizada uma reunião  em 22/10/13 entre o sindicato dos Tecnólogos e conselheiros do CREA SP,  com objetivos de solicitar mais reconhecimento e valorização para os profissionais que por fim, o presidente do Sindicato dos Tecnólogos (Tecgo.) Décio Moreira, solicitou ao presidente do CREA SP Eng. Francisco Kurimori, a publicação no site a íntegra do projeto PL 2245/2007 que regulamenta a profissão dos Tecnólogos.

Essa é mais uma vitória da categoria que está vencendo barreiras rumo a valorização e reconhecimento. O Tecgo. Décio comenta que o projeto valoriza e inclui o profissional no mercado e que através de seu parágrafo 5º remete ao CREA a responsabilidade de analisar e definir as atribuições para a categoria.

Veja a publicação na íntegra: http://www.creasp.org.br/noticia/institucional/2013/11/18/tecnologos-defendem-projeto-de-lei-n-2245-2007/1169


terça-feira, 30 de abril de 2013

Abaixo Assinado para aprovação do PL 2245/2007

 
O abaixo assinado eletrônico abaixo, iniciado pelo Sindicato dos Tecnólogos, objetiva unir forças para que possamos conseguir reverter a situação atual e levar o PL 2245/2007 à apreciação conclusiva pelos deputados.
 
 
Conclamamos a todos assinarem e enviar o link para amigos, para conseguirmos o máximo possível de assinaturas. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Deputado Hugo Mota apoia a aprovação do PL 2245/2007

O Exmo. Sr. Deputado Hugo Mota, declarou apoio aos Tecnólogos e também à aprovação do PL 2245/2007. Segundo o deputado, a aprovação desse projeto, é um grande passo para a valorização desses profissionais e ainda complementou dizendo:
"Estivemos empenhados, mobilizando a categoria e discutindo a importância da profissão para a sociedade. Já havíamos conversado com os alunos de Tecnólogo em Segurança do Trabalho em Patos, onde os mesmos expuseram a importância do reconhecimento da profissão e, de imediato, começamos a mobilizar em prol da categoria", disse.

Ele ainda ressaltou a importância dos profissionais de segurança do Trabalho nos dias de hoje.

Parabéns ao deputado, precisamos de mais parlamentares assim, que realmente vejam os problemas do povo brasileiro e nos ajudem a reduzir as injustiças praticadas pelos atuais conselhos de classe.

Veja matéria na íntegra:  http://www.wscom.com.br/noticia/politica/DEPUTADO+COMENTA+A+'PL+DO+TECNOLOGO'-146831


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Deputado apresenta recurso contra o PL 2245/2007

O Deputado Jair Bolsonaro do PP/RJ, apresentou ontem dia 11/04/2013, recurso contra a aprovação do projeto de lei PL 2245/2007.
Vencemos várias etapas dessa luta e conseguimos chegar até aqui, não podemos desistir de lutar.
Vamos protestar, mandando e-mail's diretamente à câmara dos deputados.

Atenção sindicatos de todos os estados, SINTESP, ANT, etc, vamos mobilizar para conseguir reverter isso.

João Pedro

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Novo parecer do PL 2245/2007 em 10/10/2012

Novo parecer apresentado pelo deputada Fátima Bezerra (PT-RN) em 10/10/2012. Seu parecer é favorável à aprovação do PL.2245/2007.

Confira as movimentações:


PL-02245/2007 - Regulamenta a profissão de Tecnólogo e dá outras providências.
- 10/10/2012 Apresentação do Parecer do Relator n. 1 CCJC, pela Deputada Fátima Bezerra (PT-RN).
- 11/10/2012 Prazo para Emendas ao Substitutivo (5 sessões ordinárias a partir de 15/10/2012)
- 10/10/2012 Parecer da Relatora, Dep. Fátima Bezerra (PT-RN), pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, do Substitutivo 3 da CEC, e do Substitutivo 4 da CTASP, com substitutivo


Acompanhem no site da câmara dos deputados:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=372560

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Situação dos Trabalhos dos Tecnólogos no Brasil

Leiam o recente artigo publicado pela revista Gestão Universitária edição 249. Autoria do presidente do SINTESP Tecgo. Décio Moreira.


Revista Gestão Universitária, Edição 249

Situação de trabalhos dos Tecnólogos
Décio Moreira

Documentos oficiais e pesquisas mostram que os tecnólogos estão empregados com índices de empregabilidade acima de 90%; que são importantes para o setor produtivo; que a expansão na oferta de cursos de tecnologia é meteórica e que os governos investem milhões com os cursos de tecnologia. Paradoxalmente os tecnólogos encontram dificuldades de reconhecimento e de pleno exercício profissional e de inserção. Estão sujeitos a discriminação, principalmente dos órgãos e empresas públicas, sejam elas, federais, estaduais ou municipais, que não os incluí nos planos de cargos. A Petrobras é o exemplo de atitude acintosa, pois em seus editais de concursos escreve que não aceita tecnólogos. Superados alguns conceitos discriminatórios apresentados nos documentos oficiais anteriores a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional - LDB de 1996, esta lei trouxe nova conceituação, características e finalidades para os cursos de tecnologia, assim tiveram uma grande evolução quantitativa e qualitativa. Para se ter uma ideia, segundo dados do MEC/INEP (2009), da evolução quantitativa em 1996 eram 100 cursos de tecnologia em São Paulo, em 2008 eram 1.601 com 175.237 matrículas e 38.855 egressos.

Fato relevante a ser considerado é a recente inclusão, janeiro de 2010, de 81 títulos de tecnólogos na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO que é o documento normalizador do reconhecimento, da nomeação e da codificação dos títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. É ao mesmo tempo uma classificação enumerativa e uma classificação descritiva. Definitivamente as mudanças positivas estão acontecendo e será necessário incluir os tecnólogos nos planos de cargos no setor público, ação dependente da vontade política dos parlamentares e governantes, como indicativo de efetivo reconhecimento e importância dos tecnólogos para o país e principalmente como justificativa dos investimentos nessa formação. A mudança de cultura é uma questão antiga, mas mantendo a confusão sobre o ensino, a fase anterior a 1996, foi marcada por uma visão estratégica importante, mas os especialistas deixaram registrados os aspectos culturais elitistas e corporativos. Estava presente nos documentos oficiais a necessidade de profissionais para ocuparem funções subalternas e não transformadores de conhecimentos em inovações. A figura do bacharel, do universitário, do acadêmico, é destacada em detrimento de outras formas de educação e formação, por exemplo, os cursos de tecnologia. A adjetivação inadequada de cursos de curta duração, intermediário, terminal, oferecido para estudantes menos favorecidos, dentre outros, foram superados em parte. Ainda temos corporações que não perceberam a importância de ampliarmos as opções profissionais na perspectiva de uma melhora tecnológica, social e econômica dos nossos jovens e em consequência do país.

Outro conceito inadequado que deve ser reavaliado é o daqueles que afirmam que o avanço tecnológico exige profissionais qualificados, tornando difícil a comunicação entre os engenheiros, bem qualificados, e os demais profissionais da cadeia produtiva, menos qualificados. Em consequência os engenheiros acabam assumindo funções menos nobres. Para evitar essa subutilização dos engenheiros os tecnólogos assumiriam essas funções. O conceito apresentado acima, altamente preconceituoso, trata da subutilização do engenheiro provocada pelo avanço tecnológico. A subutilização profissional continua existindo e no caso dos tecnólogos, por razões distintas, ela pode ser constatada na pesquisa realizada pelo autor, onde as empresas respondem que os tecnólogos não tem autonomia para as atividades: supervisão (26%), estudo (19%), planejamento (9%), projeto (7%) e direção (12%). Ainda que alguns índices sejam baixos inclusive nas respostas das faculdades, não se pode admitir que um graduado não tenha formação e autonomia para assumir as responsabilidades por atividades próprias da sua graduação. Infelizmente os tecnólogos ainda estão sujeitos a reserva de mercado e oportunismo de muitos empregadores. A grande transformação ocorrida a partir de 1996, com grande incentivo a expansão da oferta de cursos de tecnologia, não resolveu alguns problemas de reconhecimento e inserção. Romper com a reserva de mercado, valorizar a competência e não o título de formação depende da ação dos tecnólogos, das entidades representativas e, principalmente, dos governantes que fazem apologia aos cursos de tecnologia.

As finalidades dos cursos de tecnologia estão bem definidas, quais sejam: incentivar o desenvolvimento da capacidade empreendedora e da compreensão do processo tecnológico da produção e da inovação científico-tecnológica; desenvolver competências profissionais tecnológicas, gerais e específicas, para a gestão de processos e a produção de bens e serviços; promover a capacidade de continuar aprendendo e de acompanhar as mudanças nas condições de trabalho; propiciar o prosseguimento de estudos em cursos de pós-graduação; propiciar a compreensão e a avaliação dos impactos sociais, econômicos e ambientais resultantes da produção, gestão e incorporação de novas tecnologias.

Essas características vem ao encontro da atual conjuntura onde o conhecimento é o carro chefe. Para um país que pretende destacar-se e sair da condição de consumidor de tecnologia para produtor de tecnologia, precisa inovar, e isso só acontecerá efetivamente se o investimento em educação for levado a sério e o resultado dessa educação representar reconhecimento e inserção social e profissional. A inovação começa com o próprio sistema educacional que precisa deixar suas raízes bacharelescas e essencialmente acadêmicas universitárias, para um sistema múltiplo contemplando outras formas de educação e profissionalização. Quando 23% das faculdades que responderam à pesquisa apontam que seus egressos não podem assumir responsabilidades sem restrição na área de formação, alguma coisa precisa ser feita. Não será esse tipo de escola que contribuirá para o desenvolvimento tecnológico esperado.

Quando a Confederação Nacional da Indústria – CNI afirma que o desafio de aumentar a densidade tecnológica das empresas brasileiras exigirá não só muitos engenheiros de qualidade como também tecnólogos de primeira linha para trabalhar ao lado destes (grifo nosso) e também constata que a oferta de cursos que formam tecnólogos está muito aquém das necessidades. Cabe refletir sobre que tecnólogo está falando, se um graduado com autonomia e liberdade de ação com capacidade empreendedora e da compreensão do processo tecnológico, da produção e da inovação científico-tecnológica, ou se um tecnólogo dependente e subalterno dos engenheiros. Os cursos de tecnologia representam uma opção estratégica para o país, mas alguns problemas como os acima apresentados precisam ser enfrentados com o mesmo interesse e empenho usado para a sua expansão. Finalmente, pensando numa política nacional, há de se refletir sobre o aumento da oferta de cursos de tecnologia e maior controle na oferta dos bacharelados, estes devem ser oferecidos por instituições de ensino que comprovem excelência e para um público que realmente tem vocação para o estudo teórico aprofundado e a

sábado, 30 de outubro de 2010

Abaixo assinado para regulamentação da profissão

O projeto de lei PL 2245/07 em 07/07/10 foi aprovado pela comissão de trabalho CTASP e encaminhado para o CEC - Comissão de Educação e Cultura.
Em 18/8/2010, foi designado como relatora a Dep. Maria do Rosário do PT-RS.
Desde então, não houve mais movimentação.
No último Fórum de valorização profissional realizado em agosto deste ano, tivemos a rejeição do projeto de lei pela comissão de engenheiros do CONFEA.

Gostaria de deixar o link abaixo para um abaixo assinado, com o intuito que mobilização para fortalecimento da causa. Participem!!

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7345

CREA e os Tecnólogos

O CREA como todos sabem, é um conselho que discrimina os Tecnólogos e muitas vezes chegando até a impedir o seu registro.
Contudo, na cobrança das anuidades, cobram igualmente ao engenheiro.
Claro que concordo em pagar igual, mesmo porque o tecnólogo não é uma categoria inferior. Mas o que deveria mudar é o corporativismo existente na instituição, onde acham que o tecnólogo quer fazer o mesmo serviço que os engenheiros. Isso não é verdade, pois os tecnólogos tem sua formação focalizada enquanto que o engenheiro é mais generalista, ou seja contempla várias modalidades.

A divergência de ideais não se limita aos tecnólogos. Os arquitetos, mantêem atualmente um projeto de lei (PL 4413/2008), cujo intuito é cria o CAU ( Conselho de Arquitetura e Urbanismo.)
link: http://pro.casa.abril.com.br/group/cauconselhodearquiteturaeurbanismo?xg_source=activity

Com isso podemos concluir que o CREA não discrimina só os Tecnólogos, mas os arquitetos também.
Considero importante pagarmos as anuidades, no entanto, devemos lutar para exercer plenamente as atribuições cabíveis à cada área de formação.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tecnólogos continuam na luta pela regulamentação do PL 2245/07: Unicamp forma Tecnólogos

Tecnólogos continuam na luta pela regulamentação do PL 2245/07: Unicamp forma Tecnólogos

Unicamp forma Tecnólogos

A faculdade de tecnologia da Unicamp, está localizada na cidade de Limeira SP. Atualmente o campus comporta alem da faculdade o colégio técnico COTIL.
Atualmente a faculdade oferece os seguintes cursos:
- Sistemas de Telecomunicações
- Saneamento e Controle Ambiental
- Edificações e Estradas
- Análise e Desenvolvimento de Sistemas

O Candidato interessado, deverá prestar o vestibular da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp.

Para quem mora em Campinas, há ônibus interligando o Campus Campinas e Limeira. Também há ônibus fretados saindo das cidades vizinhas a Limeira.

São cursos de qualidade ao nível da Unicamp que é uma universidade conceituada. A duração dos cursos são 4 anos.

Site da faculdade de tecnologia:
http://www.ceset.unicamp.br/